Aquelas horas intermináveis tentando, em vão, aprender a andar de skate me cansaram. Olhei para a mão que ele escondia, com os olhos semicerrados. - O que tem ai? - perguntei, com um sorriso brincando em meus lábios. - Algo que eu quero que guarde para sempre com você. - ele disse. Tentei puxar sua mão, mas ele se esquivava rapidamente. Ri e corri atrás dele, que fugia. - Dá pra parar. - gritei, ele já estava distante. Com minha respiração ofegante, fui até onde ele havia parado. - Então o que é? - perguntei. Ele me beijou e ficou sério, vi seus olhos ficarem ternos e sinceros. Enrubesci. - Promete cuidar dele? - confusa, concordei. - Pega, é seu. - ele abriu a mão e não havia nada ali. Olhei para ele, consternada. Ele me enganou . Joguei-o no chão e ele riu. - Calma, você não pode vê-lo, nem tocá-lo, mas pode sentir. - Levantei levemente o rosto para encará-lo, o brilho dos seus olhos me ofuscava. - O que é? - perguntei mais ...