O tempo, tempo, esse tempo.
Os olhos impregnados da tua imagem, do teu ser, do teu cheiro. A vida pacata cheia de tu. Tu. Tu. Eu passeei pelas frestras do teu corpo e me esqueci dentro. Deixei a carne crua das minhas coxas tremerem na tua presença. Me queimei. E então o tempo veio e me empertigou. Fez o vento criar-te entre ele e levá-lo pra longe. Ainda escuto tua voz. Ainda vejo tua silhueta. Mas nada nela me atrai agora, nada no som profundo, nada no sussurro interno, nada me atrai. Nem o teu sorriso...