o meu grito calado no hoje
Hoje é dia 19. Seria o nosso dia. Eu te vi pela manhã, te abracei, te desejei, quis te chamar de amor. Quis te beijar. Por um momento esqueci. Esqueci que estou partindo. Que me agarro à esperança de te ouvir pedir pra ficar. Mesmo eu tendo a certeza que isso não vai acontecer. Por que me chamar de amor? Daqui uns dias eu não serei nada mais, além de um vazio na sua casa. De uma falta que não será notada. Eu chorei todos os dias dessa semana, em todos os cantos. Chorei por um amor recíproco sendo perdido porque um dos dois escolheu não fazer dar certo. O amor é uma escolha. Ele é mutável. Ele é cuidado. Ele tem paciência, mesmo na irritação. Ele é generoso. O amor sempre foi pra mim algo fluído, em que eu escolhia fazer dar certo. Tenho medo de como vou querer te procurar. De manhã, ao acordar. De noite, ao dormir. Sem o seu abraço quente. Sem o teu corpo tão perto. Tenho medo de querer te procurar quando alguma coisa muito importante acontecer. Quando eu não estiver bem. Quando eu es