Eu desaprendi

O meu céu escureceu naquela madrugada de quarta-feira, eu tinha apenas começado a voltar a rotina. E o baque. A revolta. O contratempo que me perseguia.
Era manhã de quarta-feira as lágrimas profundas brotavam, fáceis e doloridas. Primeiro, eu quis fugir. Segundo, eu quis te esquecer. Terceiro, eu decidi. Eu sairia dali.
Era uma sexta a noite, quando vi aquelas palavras : saudade; eu também. Meu corpo inteiro se distorceu. Se enfraqueceu. Enlouqueceu. Eu queria sair de mim. Eu quis, outra vez, fugir e te esquecer, mas decidi, decidi enfrentar aquilo que estava ali.
O sábado me emudeceu. E eu deixei seguir.
E então o domingo escureceu, aquela noite me enfureceu. Todas as palavras ditas com desejos me inundaram com a frase "eu não sirvo mais, eu não caibo mais, eu não devo mais estar aqui". Minha vontade de um futuro, de sonhos, sumiram, eu não quis fugir, nem te esquecer, eu quis me apagar.
Eu não enlouqueci.
Eu não me venci.
Eu não desisti ou te deixei.
O erro meu estava estampado ali, nas linhas errôneas das tuas conversas.
Eu queria te deixar em paz, meu caos o fazia perder-se.
Eu o amei.
Naquela noite.
Na noite seguinte.
Na outra noite.
Eu o amei em todas as noites.
Mas minhas manhãs eram nebulosas, porque traziam todo o peso da dor e desespero que senti e causei.
Eu me destruí.
Hoje só quero me reconstruir.
E te ensinar que podemos ser nós sem nós, mas laços.
E te ouvir.
E te amar mais e mais.
Mesmo que amanhã minhas lágrimas torturadas voltem, pelo menos, desta vez e outras vezes, você vai estar aqui.
Comigo.
Em mim.
Me amando.

Comentários

  1. O jeito que você escreve é tão bonito <3
    Como eu disse uma vez: gosto dessa tua intensidade...
    Aproveite esse amor intenso, e não deixe de escreve enquanto ama, rs.

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  2. Ah Elania! Senti saudades lendo seu texto, e vontade de recomeçar ao lado dele, de novo.

    http://www.novaperspectiva.com/

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