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O tempo, tempo, esse tempo.

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 Os olhos impregnados da tua imagem, do teu ser, do teu cheiro. A vida pacata cheia de tu. Tu. Tu. Eu passeei pelas frestras do teu corpo e me esqueci dentro. Deixei a carne crua das minhas coxas tremerem na tua presença. Me queimei.  E então o tempo veio e me empertigou. Fez o vento criar-te entre ele e levá-lo pra longe.  Ainda escuto tua voz.  Ainda vejo tua silhueta.  Mas nada nela me atrai agora, nada no som profundo, nada no sussurro interno, nada me atrai.  Nem o teu sorriso...

Detalhes só meus

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A cabeça estava em outros tantos lugares enquanto o vento frio e forte batia em meus cabelos em todos aqueles fins de semana que eu não te via. Eu comecei a te enxergar em cada canto que eu virava o olhar, mas parei por ali, bem ali no meio.  Eu deveria citar teu nome aqui, porque isso é quase como uma carta, uma carta de uma talvez despedida, não de vez, sabe. Eu estive apagando minhas mensagens antigas, das quase 800 ficaram menos de 70 e menos de nove são suas, são daquele tempo que eu nem sequer imaginava que seria rejeitada umas trocentas vezes por ti, foi daquele tempo que você disse que tinha me dado uma chance e eu não enxerguei, foi na beirada da metade do tempo em que você me deu uma segunda chance e eu não vi ela, de novo. Foi culpa minha tudo isso?  Agora, eu estou quite com as lágrimas guardadas, com as tentativas furadas, com os acordes mal feitos, com as noites mal dormidas, ou os sonhos quase perfeitos, estou quite com meu coração, com o espelho, com meu ser.  Mas h

De dentro pra fora

 A confusão que se estende entre meus dedos e o sorriso na cara, espelhado nas fotos, é maior que a minha cara a tapas. Eu corroí-me nos papéis que insisto em guardar nos bolsos das minhas calças, a caneta falhou um momento e eu não tive onde me socorrer, além da memória.  Afinal, eu sou uma colecionadora de lembranças, não é? Não é. Fernanda Oliveira em seu livro Inverso, sabe os caminhos na minha alma. Augusto Cury e Nietzsche nas suas filosofias 'randômicas' e distintas me fazem enlouquecer um pouco na noite obscura. Aí eu lembro da vez que fui esquecida na pista de dança, vozes gritavam alto no palco, pessoas conversavam, riam, se esmurravam ao meu lado. Eu fiquei parada, esperando a pessoa, que disse que voltaria rápido, voltar. Em vão, acabei me achegando perto do palco, olhando pessoas desafinarem. E eu queria fugir dali, fugir de mim.  Errei.  Errei nesse ponto outra vez. Esperar demais. Acreditar demais. Achar que o erro não é só meu.  Mas é.  A língua parece cortar to

Induzindo-me

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No meu peito há um fecho. Abri-o algumas vezes durante essas semanas passadas, mais para guardar do que para tirar coisas de lá. Tive encontros e desencontros, até dentro de mim mesma. O silêncio que me circulava, que me circula, me acalentou, fazendo rupturas na pele, me fazendo sorrir.  Eu amei. Eu me rendi. Eu me desatei. Eu me prendi. A noite pareceu pequena em relação aos nossos dedos entrelaçados. E aquele sorriso no meio da escuridão me pareceu o certo, me pareceu ser aquilo que realmente era pra ser. Eu tive você, e foi você que eu guardei em meu peito.  Os dias se tornaram estáveis, o meu semblante anuviou-se e eu pude então perceber que podia ser, deveria ser. Só que me recusei a ver os sinais que me eram tão claros, colocando como sempre minha auto-estima pra baixo, mesmo sabendo o quanto sou.  A realidade cortante das tuas palavras sinceras numa noite dessas, me trouxe um pouco de luz nessa escuridão que me tomava. Meu bem, eu só queria você do lado, meu bem, eu só queri

Eu comecei a me detestar.

Desculpa mãe, pai, irmã, família e amigos. Mas EU NÃO PRESTO. Eu vivo dizendo que tenho juízo, que sou 'boa', que sou altruísta demais. Mas eu não presto, talvez eu seja uma psicótica de meia categoria e não saiba disso...  Digo que sou fria, mas sinto demais. Digo que sou cruel, mas me machuco também. Digo que sei lidar com pessoas, mas na maioria das vezes perco a paciência com elas. Digo que não tenho preconceitos, mas acabo tendo preconceito com quem tem preconceito... Digo que quero respeito, que amo a natureza, meus pais, meus amigos... mas eu nem sei ao certo se me amo. Eu acordo, encaro-me por um instante e finjo não saber quem sou, mas é aí que tá, eu sei muito bem quem eu sou, o que sinto, o que quero, e me entendo perfeitamente bem, mas eu fujo de mim, fujo do querer entender-me e acabo nunca admitindo que sei demais de mim.  Vou repetir novamente EU NÃO PRESTO. Acho que me conhecer foi meu pior erro. Como o Rodrigo disse ( e que se dane, caso eu esteja expondo alg

Presa no presente

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 Tenso seria se eu soubesse o que escrever aqui. Certo, beleza. Não sei. Não sei mesmo. Parece que algo quebrou na minha cabeça. Algo pesado e concreto. Eu. Euzinha .   Perdi-me e encontrei-me diversas vezes, que até cansei. Deitei a cabeça no travesseiro sem conseguir dormir. Fiquei acordada a noite toda. E sabe-se lá o que me deu... acabei me apaixonando. Acho que é a coisa do "não poder ter". Tem hora que eu preciso parar e perguntar 'Que é mesmo que eu tou fazendo?' Quer saber, nem eu sei, talvez seguindo, talvez eu esteja extasiada.  Ai eu percebi que o ano já acabou, hoje já é 11 e olha lá, é aniversário do Bruno... por que eu tô citando isso mesmo? Poxa, eu nem conheço o Bruno direito... mas ele foi um dos primeiros que vi nas primeiras horas de 01/01/2012. E sabe, abraçar alguém, mesmo aquele alguém que está no seu círculo de amigos, mas você conhece pouco, já é um passo, não é? É. E volto de novo, eu disse que algo quebrou na minha cabeça. Olha aí. Eu cit