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Something

Paz.  Por favor. Paz.  Meu coração.    Esse coração .    Completo idiota.    Completa farsa. Ele precisa. Ele necessita.                          Ele dói. ***

Vestido rosa

  Eu encaro meu vestido cor de rosa. Encaro-me e não me vejo .  É como se ali não existisse ninguém. Só um rosto bonito, um vestido bonito. E alguém, que não sou eu.  Não me sinto eu.  Invejo aquela pessoa do espelho, mas olhando diretamente pra ela e seu olhar de volta me sinto deslocada, incomodada. Porque eu não consigo mais me ver.  Onde eu estou? Preciso me encontrar.  Onde eu fiquei? Preciso me achar.  Mas essa garota do vestido rosa que me encara, não sou eu. Definitivamente não.  Onde ela deve ficar?

I don't like

Eu perguntei pra mim o porquê. O porquê de tudo isso. Essa falta de inspiração. A falta da falta. A falta de mim.  Esse idiota coração. Esse amor que vai e volta. O ciúme que não tem, mas aparece. Mas eu sei a resposta. Você nunca mudará o que aconteceu. Eu não gosto de saber que tudo que eu construí aqui dentro não passa de ilusão. Eu não gosto de saber que você tem outra que não sou eu. E eu privo-me das tuas lembranças, mas, pra quê? É inevitável. Você existe dentro de mim, você existe nos meus olhos. Eu lembro que teus lábios tinham um vício de querer tocar os meus. Você segurava meu rosto e beijava-me delicadamente. Por que isso teve que acontecer? Esses tais toques, esses tais sentimentos. Era tudo uma brincadeira divertida. Era tudo uma intimidade merecida, mas que cresceu e cresceu. E, olha! Olha o que tudo se tornou! Eu quero mais um beijo roubado, mais um abraço, mais inspiração. Não quero sentir falta de nada. NADA. E eu quero que você mude tudo

Outrora

 "Esperar. Esperar. E... errar."  Eu dormi com o seu cheiro. Aquele cheiro que eu sempre sinto quando te abraço, e me deu uma louca saudade e nem passei um dia longe de você. Sabe, o mais engraçado é que eu pensei que tudo girava em torno de você. Só que não é verdade. Antes, antes de te ver na real e perceber que tudo não passa de um ciúme louco, eu pensei em me fechar, em te tirar da minha vida. E, ainda bem, que eu não fiz isso. Não viveria sem o teu riso, o teu cheiro, a tua inconsequência. Teu tudo. Porque, apesar dessa confusão, há uma coisa que eu não tenho dúvidas : Eu te amo .

Posso fugir?

Os muros dessa casa não me prendem mais. Os asfaltos são meu refúgio. E os hotéis são meu recanto. Os banheiros públicos minha privacidade. E as escadas o meu descanso. Pra que fugir?  Se tudo isso é meu. Pego um lápis e meu caderno, escrevo os nomes daqueles que conheci. São muitos...mas nenhum lembra de mim. Porque eu sou passageira, eu vivo no mundo, o mundo, as ruas, as faces que encontro, todas são minhas e são os meus eus. Por que fugir? Deito na praia, e o céu inteiro está ali só pra mim. Essa sou eu. A passageira, que encontra no mundo o melhor para si. Posso fugir? Eu não sou a fugitiva, os fugitivos estão ao meu redor. Correndo para pegar um ônibus, distraidos em mais um telefonema. Esquecendo de tudo. Enquanto eu estou aqui, lembrando de tudo. Fugir? Essa palavra não faz sentido pra mim...  Porque aqui, eu me encontro .

Perdida

O  toque quente do sol, me queima. Meus passos não fazem som nessa areia que se mistura com meu suor, gotas salgadas que caem do meu rosto conforme o sol chega à mim. Chego ao meu destino, não vejo portas, nem um ser vivente. É um completo vazio. O sol vai ao seu descanso. A noite chega com seu frio, invade minha pele suja, e me queima, me corta por dentro como um gelo. Ninguém me socorre,porque não há ninguém neste lugar sem portas. Meu grito ecoa e volta à mim com mais dor. Lamúrias presas, soltas agora, não há ninguém para ouvi-las Um vazio, quente e frio. Sujo e doloroso. Lágrimas jorram dos meus olhos preguiçosos . Onde eu estou de verdade ??   Perdida. Dentro de mim . ________________________________________________________________

Última carta

09/10/2067.   Por mais que eu queira, velho amigo, as coisas mu d am e nos fazem mudar também. Acho qu e eu, só eu, continuo a mesma em relação a você. O peito dói do mesmo jeito. Às veze s os olhos lacrimejam.   Você nunca foi de desconfiar a razão para tudo que fiz. Isso prova que sei esconder bem meus malditos sentimentos.   Hoje, de p ois de anos, posso dizer o motivo. Eu me apaixon e i, é, paixão... por você. Sorria e escutava-te quando falava d ela, mas isso não foi bom, po i s meu coração ainda tenta cicatrizar pedaços e um desses abriu enquanto d ito esta carta. Minhas mãos calejadas não conseguem segurar com firmeza uma simples caneta e antes de partir preferi contar-lhe isso.   Sei que estás com el a e que estás feliz. Eu me sinto bem por saber disso.   Eu quebrei regras, cai com os olhos abertos, menti... Perdoe-me por não ter dito nada disto, até hoje.   Adeus da garota, mulher e idosa que um dia te amou, que um dia te escutou.   Sua eterna velha amiga.

Um só

Me respire. Me envolva. Me purifique. Seu corpo no meu, mesclado em um só. Chego a ouvir de longe sua pulsação. Que se acelera com um toque. Um só toque. Devagar chegamos ao êxtase. E um delírio nos toma. Nos cansa. Neste momento sabemos Que sempre seremos. Um só.

O garoto e a garota.

 A garota. Não popular. Senta no fundo. Pega seu caderno. Examina o livro. Volta a olhar.  A garota. Finge um sorriso. Tira os óculos. Respira devagar.  A garota. Feliz. Parece. Mas, no banheiro, ela começa a chorar.  O garoto. A observa do canto. Solta um suspiro. A admira. Sorri.  O garoto. Pega sua mochila. Empurra-a para a porta. Finge não se importar.  A garota. Olha para ele. Encolhe o peito. Vai para fora. Vira-se. Encara-o. E vai embora.  O garoto. Fica parado. A olha caminhar. E um sorriso deixa escapar. Dos lábios que não podem tocá-la.  A garota. P. da vida. Deixa lágrimas rolar. Enquanto seus passos violentos. Fazem barulho ao passar pelos braços soltos. E pelos risos frouxos.  E o garoto e a garota. Parecem se odiar. Mas no fundo sabem que se amam. Só não falam. Nem contam.  Enquanto isso. O garoto. A ignora. E ela. Chora. No banheiro da escola. E seus sapatos, já surrados. Pisam nos pés dele. E um olhar. Só um olhar.  E o garoto e a garota. Respiram rá

Você está aí e eu aqui.

Imagem
 De longe parecemos ser muito mais que amigos. Somos amantes.  De perto somos irmãos. Mas não é isso, somos um só.  Mas eu percebo que quando você está lá, eu insisto em querer ficar aqui.  E quando você vem me buscar aqui, eu quero fugir pra cá.  E você está aí, enquanto eu continuo ali.  Parecemos as pessoas mais sinceras. Mas não. Eu finjo.  Finjo não te amar.  E você está aí e eu aqui.  E é assim que vai ficar. Crédito da imagem :  Beauty In Everything

Podemos até ser diferentes ...

 Aquelas horas intermináveis tentando, em vão, aprender a andar de skate me cansaram. Olhei para a mão que ele escondia, com os olhos semicerrados.  - O que tem ai? - perguntei, com um sorriso brincando em meus lábios. - Algo que eu quero que guarde para sempre com você. - ele disse. Tentei puxar sua mão, mas ele se esquivava rapidamente. Ri e corri atrás dele, que fugia.  - Dá pra parar. - gritei, ele já estava distante. Com minha respiração ofegante, fui até onde ele havia parado. - Então o que é? - perguntei. Ele me beijou e ficou sério, vi seus olhos ficarem ternos e sinceros. Enrubesci.  - Promete cuidar dele? - confusa, concordei. - Pega, é seu. - ele abriu a mão e não havia nada ali. Olhei para ele, consternada. Ele me enganou .   Joguei-o no chão e ele riu.  - Calma, você não pode vê-lo, nem tocá-lo, mas pode sentir. - Levantei levemente o rosto para encará-lo, o brilho dos seus olhos me ofuscava.  - O que é? - perguntei mais uma vez. Ele me puxou e levemente beijo

Abra seus olhos.

Paro, olho e não vejo. Tudo anda vazio, sem luz, sem eixo. Refaço o passo, escuto e penso, quem me dera poder ver por pelo menos um segundo. Choro, seguro e outra vez eu choro. Abro os olhos com mais força, nada se vê, nada é tocável, nada é estável. Meus olhos, são empréstimos em um banco, onde só poderei usá-lo quando eu puder afirmar que sou capaz de pagar a entrada. Meus olhos que no escuro ficam, só agora. Eu quero uma luz. O que é luz?  Só ouço descrições. Nunca vi e nem toquei...se é que é tocável. Seguro, ando, escuto e vejo, vejo com os olhos que ninguém vê. Meu coração.

Passo adiante.

 Fecho os olhos e me seguro na ponta da mesa. Quem me dera ter você aqui. Peço um copo de água. E novamente me debruço sobre a mesa. Tentando, em vão, reprimir um soluço. Lágrimas escorrem sobre o meu cabelo, que está todo sobre minha cara. - Sua água, moça. - disse o garçom. Eu não agradeci, nem olhei-o. Apenas fiquei ali, chorando e tentando entender o porquê. - Você devia sair sempre, querida. Às vezes as pessoas não fazem isso porque querem. Somos diferentes, tente entender isso. A vida é feita dessas provações, passe por elas sorrindo e continuando a lutar.   Era o que minha mãe sempre dizia, quando eu chorava ou brigava por algo. Mas agora, aquele conselho dói. Como posso sorrir com tudo isso? Sei que vou continuar lutando, seguindo. E também sei que somos diferentes. Mas você, simplesmente me deixou. E eu, que agora, queria tanto um abraço. Daqueles bem apertados que chegam a sufocar. - Posso? - alguém pergunta. Levanto o olhar e vejo um retrato próprio de mim. Sou

Sempre do mesmo jeito.

Mais uma vez ela se foi e só um bilhete ficou em seu lugar. Eu acordo e o quarto está sempre vazio.  - Isso não é sério Douglas, não viaja. - é o que ela sempre diz, sorrindo e me puxando para seus braços. E eu continuo cedendo. Mais uma vez. Leio o que está escrito, como  sempre, ela diz que adorou a noite, mas não está aqui, para comigo, contemplar o dia. Ela nunca está. Devagar lembro da noite passada, ela estava com um salto alto, que a deixou tão sem jeito, vestia uma blusa larga e um short jeans curto. Bruna sorri lentamente, perguntando como foi meu dia e dizendo como foi o dela.  - Chato, como sempre. - ela diz, já tirando a sandália, massageia levemente os pés e olha pra mim. - Você está bonito hoje. - comenta e começa a olhar ao redor. Vai ao espelho, encarando o lápis que escorre de seus olhos, retira o excesso e sorri novamente pra mim, eu, completamente sem jeito, devolvo um meio sorriso, ela suspira.  - Sempre o mesmo. Douglas quando você vai parar de agir assim? -

Meu adeus

Você está aqui, agora, mas eu terei que ir. Não voltarei. Por isso o meu adeus. É difícil olhar seu rosto e dizer algo desse tipo. Mais uma despedida. Pra você. Pra mim. É duro pensar que é a última vez para nós. Depois de tudo, esse vai ser o nosso fim. Que a felicidade te encontre. Que você se torne o que tanto quer. Mas eu preciso ir. Preciso me encontrar. E dessa maneira te deixo... Adeus. Inspirado, totalmente, na música: Goodbye da Jessica Lowndes.

Nosso verão

 Dez horas da manhã. Você está deitado ao meu lado. Seu cabelo bagunçado está refletido pelo sol.  Uma respiração calma.  Algumas rugas saltam do canto de seus olhos. São lindas.  Vejo seu peito subir e descer. Seus músculos relaxados te deixam tão gentil. É hora de levantar.  Temos a praia, o lago, a trilha e o mar.  Devagar saio da cama e visto meu biquíni. É verão, férias e estamos juntos.  - Bom dia. - você diz em meu ouvido. Uma onda de arrepios atinge-me.  - Bom dia. - respondo. Virando-me e lhe dando um beijo na boca. Tão doce.  Você veste um calção folgado, ressaltando os músculos do seu quadril. Sua beleza me excita.  - Pronta? - você pergunta. Sorrindo e com uma mochila sobre o ombro.  - Ok. Tudo por você. - rapidamente visto um short e calço meu tênis.  Você preferiu a trilha. O suor pingava em meu corpo. Estava cansada, mas você ainda sorria.  - Estamos perto? - pergunto, sem fôlego.  - Sim. - você responde e segura minha mão.  A visão que tive parecia o pa

Meu alguém.

Pego sua mão, silenciando nossa conversa. Elas suam juntas e eu rio, de você. De mim. Seguro seu rosto, acariciando suas feições. A beleza consiste em sua pele, sussurrando uma melodia própria. Seus olhos tristes me encaram, nossas conversas se formam em algo sólido, próprio. Meu melhor amigo. Meu vício. Meu amor. Meu terror. Minha maior preocupação. Te beijo de leve e coro. Eu te amo... Te amo, quero repetir. - Nos vemos amanhã? - você pergunta. - É... Te vejo nos meus sonhos. - respondo. - Até amanhã.- você diz. Não liga, se retira, e eu fico aqui. Meu melhor amigo. Será que sou apaixonada por ti?

As 10 coisas ...

  Me pediram para enumerar as 10 coisas, razões que tive para odiar ele. Bom, é simples.   A primeira é que ele se tornou algo surreal , tão surreal que não posso tocá-lo , e essa é a segunda razão. Terceiro , ele  não me liga mais , noites e noites eu esperava ouvir sua voz, e então, de um dia para o outro, sumiu, não me ligou, saiu do mapa.    Quarto , a maldita voz dele , melodia incontestável que me seduzia, eu não a escuto mais. Quinta, o sorriso , eu odeio ele, de um modo que se eu contasse, seus pais se assustariam.    Sexto motivo , as aulas, é, ele não senta mais ao meu lado, isso me irrita. Sabe por quê? Porque agora eu virei uma nerd, e ele sabe que eu não sou assim. Sétimo , eu simplesmente odeio as gírias bregas dele , deixa-o de um modo geral um pouco rudimentar e um garoto velho. Oitavo , o modo como agora trata os pais dele.  Eles o amam sabia? Mas ele os ignora, anda inerte, afogado, não fala mais.    Nona coisa , ele está aí, deitadinho e calado agora e não me

Já faz tempo. Eu sei.

 Fortaleza. 07 de Setembro de 2010.       Fui visitar você ontem a noite, encontrei algumas tulipas em seu espaço. Não eram minhas se quer saber.       Vi um dos seus filhos hoje. Ele está tão bem, mesmo não demonstrando, eu sei que mesmo assim sente sua falta.       Tio, não fui uma sobrinha muita próxima, mas já fazem cinco anos hoje, que não está aqui, devo admitir que sinto sua falta. Eu me lembro tão bem da última vez que o vi. Estava tão calmo saboreando seu sorvete e rindo com sua mãe, minha avó. Naquela mesma noite soubemos do seu pior erro, transformou sua vida em morte. Eu quis chorar. Vi lágrimas por todos os lados, mas não saia nenhuma de mim. Eu não o conhecia bem, seria por isso?       Vi você deitado em um caixão, olhei seus olhos, estavam distantes, perdidos, cheios de escuridão. Hoje, escrevendo essa carta, sinto as lágrimas apertarem minha garganta, as lágrimas que eu devia ter derramado por você. Você sabe que amo seus filhos, meus primos, mas isso não impede as

Ela

Ela se prende nas cordas soltas, e sperando que alguém venha salvá-la. Mas por quê? Ela não consegue ver como a vida foi injusta e se ela morresse ali não ia ser lembrada. Seu choque foi tamanho. Eu não vou ser lembrada, pensou. Tentou sair das malditas cordas, mas foi em vão. Uma se prendia ao redor do seu pescoço, quanto mais se debatia mais apertava. A injustiça de seus pensamentos lançavam lágrimas em seu rosto mágico, com uma incrível beleza. Por quê?  Será que vão me odiar pelas escolhas que eu fiz? ,  se perguntou. Ela não sabia responder. Tentou novamente sair das cordas que a envolviam. Prometeu a si mesma que melhoraria. Que amaria e retribuiria. Cansou de lutar, faltava-lhe ar. Parou. Chorou. As lágrimas se desfizeram em seu corpo. Será que vou sair daqui algum dia?, já se desesperava. Até que ela ver alguém correr na sua direção, alguém desconhecido. Retirou-a de lá e ela agradeceu, já agia como antes, então lembrou da sua promessa. Tratou de conhecer aquele a quem a salvar

Tangível

Quando eu olho pra você. E vejo ela em seus olhos. Eu penso: ele está apaixonado. Quando eu toco em você. E você sorri. Eu penso: foi só um toque. Quando conversamos. E você fala dela. Eu penso: é só ela e ninguém mais. Quando rimos. E você me olha. Eu penso: deve ser bem melhor com ela. Quando eu choro. E você me abraça. Eu penso: por quê? Quando nos abraçamos. E você aperta tão forte. Eu penso: como seria com ela? Ela e você. Como seria comigo? Eu me pergunto. Eu não o amo, eu sinto isso. Mas eu gosto de você comigo, eu gosto do seu riso, do seu abraço, até gosto quando fala dela. Eu apenas me pergunto. Como seria comigo? Uma pergunta que nunca será respondida. Eu não me arrependo por não ser nós. Fico feliz por ser vocês.

Erro

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garota em sacada É inútil acreditar que nunca fiz nada. Porque eu sei que fiz, mesmo não querendo. Olhar para o horizonte, fixar-me em algo sólido, é algo que eu faço de vez em quando, tentando tirar todos os pensamentos inoportunos de mim.  Quando você estava aqui, tudo era mais fácil, esquisito talvez, mas fácil. Te perder de uma maneira estúpida, dói aqui dentro, do jeito que eu sempre vi todos aqueles atores interpretarem, do jeito que eu vi naqueles filmes que eu dizia que era bobagem.  Eu fiz a minha sorte com você e joguei do lado errado, apostei e errei.  Eu sou o erro, tento consertar-me a cada dia. Eu fiz algo mesmo não querendo, eu sei que fiz... eu disse não te amo, não te quero, me deixe ir. Mas não era bem isso que eu estava pensando, por isso estou aqui hoje, tentando me livrar de tudo que você me trouxe e de tudo que eu causei,  porque eu perdi você e a culpa foi somente minha, porque eu sou o erro e sempre serei.

-Silence

Me perco na escuridão que me cerca. Aperto-me, fixando-me no som da minha respiração. Os pensamentos povoam o espaço ao meu redor. E o silêncio, ...que me sufoca. Essa película invisível que aperta meus lábios. Nenhum som sai entre eles, só ele. O silêncio. Conforto dos meus ouvidos. Coexistindo com você. O que me vem a mente, quando penso em você é isso: ___________ e isso: tum tum . Esse   frenético martelar. Porque o silêncio é sinônimo de paz e você é minha paz. Pequenos pontos claros aparecem, suspiro. A escuridão chegou ao fim. Mas tudo que faço é me silenciar. Você é meu porta-voz, sinônimo de falar.

Nem tudo é como imaginamos

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Não. Nem tudo foi como você imaginou. Te observar daqui, do fundo da sala, não é a melhor maneira de dizer que tudo não foi como você imaginou. Reviro os olhos com a lembrança de nós dois. Nós éramos assim, feito unha e carne. O que mudou?  Eu. Sempre soube que seria eu. Mas só por que eu admiti que te amava? Que tipo de injustiça é essa?! Eu posso ver daqui o brilho opaco dos teus olhos. Há algo errado. Com você. Teus olhos encaram os meus. Por quê ? é o que eles dizem. Eu queria poder acalentá-lo. Porque só eu sei todos os seus medos, segredos... Eu sei quem é você. Deslizo na cadeira afim de ficar longe do seu campo de visão, poder concentrar-me na aula monótona. Os cochichos ao meu redor silenciam meus pensamentos. Memórias. As coisas nem sempre são como queremos que seja. Por que até teu perfume me persegue? Parece até que seu nome está escrito sobre mim. Mas é verdade. Seu nome está impresso em minhas veias. O seu cheiro marcado em minha narina. Devia ser eu e você. A

E se não for mais o mesmo?

E se eu disser que agora, nossa história já tão entrelaçada, se tornou um nó cego?  Que os sorrisos desejam ser beijos? Que os abraços queriam se transformar em amassos? E se eu te disser agora que ao deitar penso em você, mas da maneira errada? E se...e se... Um roçar dos lábios sobre sua pele, um leve sopro de sua respiração ou até um aperto de mão. Faz meu coração bater assim, de um jeito que todo apaixonado sabe. Mas eu não sou apaixonada. Eu não sou... E se tudo isso for só solidão? E se não for mais o mesmo? E se o que eu digo provoca isso... Mas eu queria ouvir de você, se não é a mesma coisa. Se é só coisa minha. Se é pra ser ou não. Mas eu sei de uma coisa.  Não pode ser só um se...

Além de você

Eu enxerguei além dos teus olhos, bem além dos seus belos castanhos que iluminam seu rosto. Eu vi além do sorriso infantil estampado em sua face. Eu ouvi muito além da sua respiração faceira. Eu consegui sentir mais do que as batidas do seu coração. Eu pude, eu posso... mas na hesitação e calma frenética dos seus braços e abraços, eu não consegui enxergar mais nada. Além do som mudo que cercava os meus ouvidos...

You

Eu me lembro muito bem. Todos os teus detalhes. Até aqueles que eu julgava mal, que eu dizia ser seus males. Mas foi cada um deles que um dia me conquistou. Que fazem com que eu te admire. Mas nós crescemos e aprendemos que as pessoas mudam e junto com elas os sentimentos também. E é por isso que digo hoje: Foi bom, mas não é mais.

Faz sentido?

Envenena-me com teu olhar irônico, meio cabisbaixo e altivo.  Enveneno-me com tuas lembranças, doces e fortes...

São eles.

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Nossos momentos. Foram feitos de sorrisos, caras, bocas e palavras... Nossas histórias . Foram construídas em uma linguagem própria, onde nós nos comunicávamos perfeitamente, se é que é possível, mas pra nós...era. Nossas facas ... É, nossas cicatrizes, que juntos deixamos que se curassem, mas quando estávamos sós, tentávamos abri-las e dissecá-las, isso era doloroso, mas nos curamos mutuamente, por nós... E nossas risadas frenéticas. As faíscas que nos conduziam durante o dia, e o barulhinho que nos guiava durante a noite. Nossos segredos. Que tanto compartilhamos e discutimos juntos, que tanto nos constrangia, mas eram nossos laços. Nossas vidas. Que juntas se formavam em uma só, sentíamos a mesma coisa, olhávamos a mesma coisa, falávamos sobre a mesma coisa, eram nossas vidas interligadas em uma só, na nossa amizade. Nossa amizade . Que construiu tudo isso e que nos faz seguir com as lembranças adiante. Amo você s, meus amigos, meus companheiros, meus palhaços, meus

Me viciei .

De um modo que eu nunca imaginei Nossa história aconteceu. de todas as formas que sonhei algo estranho apareceu. Me distrai das rotinas e te encontrei. Em todas as minhas matinas, me viciei. Com todas as minhas manias você me esperou e me aceitou. E de todas suas regalias você se despeçou e mudou. Mais do que a imaginação mais do que a repetição. Eu tive tempo de sonhar e assim pude te encontrar. E de várias maneiras houve vícios. E de mudanças não houve riscos. E por fim pude te amar.

Dor

Era noite e eu esperava que ela me cegasse, que tirasse o que castigava minhas costas. Mas meus olhos já vermelhos não descansaram, eles estavam cheios de uma imagem só: a dor. A dor que você quando se foi, me deixou.  Não era uma dor qualquer, ela dilacerava meu coração, os batimentos já tão baixos ficaram lentos e me incomodavam, invadiam meus ouvidos como um tique-taque prestes a acabar. A noite ficou longa e o vento que surrupiava era o único som. Eu estava só. Não só o bastante para poder rasgar meu corpo, já tão ferido, e tirar aquilo que me fazia sangrar, pois aquilo era minha companhia.  As horas passavam e eu não consegui sair dali, daquele calçada, daquela rua deserta. Meus olhos não fechavam, como um vício.  O passado de nós dois era meu passe para a noite em claro, a dor se acalmara dentro do meu peito, minhas costas já estavam leves o bastante para poder me esticar e não sentir a pontada em meu peito. Eu sorri em meio a escuridão, viajei nas minhas lembranças e não quis vo

Não vou mais

Eu não vou mais segurar sua mão despreocupadamente, porque agora seria injusto para os outros olhos. Não vou mais rir de suas palhaçadas, porque seu riso não será mais meu. Não irie mais dizer eu te amo, porque as palavras poderiam machucar alguém, que não seria eu. Não vou mais te abraçar como antes, porque teu abraço não será o mesmo. Você vai estar longe, e eu vou querer estar perto, mas assim vou perceber que aos poucos te perdi. Uma perda injusta, porque cada pedaço seu tem escrito meu nome, cada pensamento tem uma marca minha, e em cada sonho tem o meu sorriso, incomparável. Mas você não é mais meu e eu não vou mais poder ou dizer algo pra você.

Someone

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V ocê não sabe como é bom ouvir teu riso,   e imaginá-lo próximo ao meu rosto, me enchendo de pequenas chamas. Não sabe como é tentar fugir de algo que existe dentro de mim. É tua voz contra a da minha consciência, você me diz sim, ela me diz não. São seus detalhes, peças pequenas   que se encaixam sem permissão. Você não sabe como tudo isso faz falta e mesmo assim, Eu encaro tudo sem ti .

Not

T ua conquista é programada e eu não suporto ela. Palavras são medidas em uma balança do contratempo. Passatempo? Sim, é divertido me ver sorrir . Eu bem que queria levar isso a sério, mas não posso seguir com isso, muito menos sentir .

Think about this .

Já cheguei a duvidar, das coisas que você me dizia, quando eu sorria e seus olhos refletiam meu sorriso. Eu duvidei do que significava nossas mãos juntas, em um toque suave e quente. E eu não pude evitar as horas em frente a sala de aula, simplesmente olhando pra você, porque eu duvidava daquele sentimento. Daquele sentimento inadequado que existia entre nós e que eu não compartilhava o mesmo, eu gostava de olhar, sentir, mas dentro de mim eu não o sentia, não sentia o sentimento. Mas pensava sobre ele, o apalpava, mas não o sentia, era estranha a sensação. Chorei lágrimas por meus sentimentos que não existiam dentro de mim. Tenho que aprender a fazê-los nascer antes que seja tarde pra mim. Antes que eu sinta, de verdade, sua falta . ♥

Not now

Eu ainda não fui embora, deixei meus passos me conduzirem a um caminho seguro . Ir embora daqui me entristece, eu até ousaria pedir permissão pra mim, mas quando toco no assunto em frente ao espelho, eu me espanto, não é o que eu quero realmente, não agora, pois ainda não é hora de dizer adeus pra algo que mal começou, ou ainda não começou . Eu diria adeus por um momento, mas no outro eu voltaria e de novo me surpreenderia. Não posso ir agora, agora que me descobri, agora que te descubro realmente. Não agora, eu não me perdoaria por isso. Então vou esperar o momento certo de dizer adeus e deixar as coisas se resolverem por si só, mas agora, eu não posso. Não agora .