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in your skin

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Dentro das nossas poesias, foi assim que nos encontramos e nos identificamos. Com palavras rimadas que queimam e acalentam. Foi assim que percebi que devia ficar. Te conhecer. Me aprimorar no ser que se mostrava a minha frente. Eu não quero mais deixar escapar pessoas maravilhosas pelo simples medo, medo de tudo dar errado, medo de sumir, medo de doer e se doar. Eu não quero desfazer palavras só porque você ou outro acredita que tudo que digo pode ser um erro. Eu continuo sendo um erro. E... belo. Gentil. Bonito. Carinhoso. Eu sou um erro que vale a pena pegar pelo braço e sorrir em abraços. Eu sou o erro. E continuo sendo o acerto.   Porque em meus lábios possuem minhas verdades e dúvidas. Dentro dos meus risos possuem sons poderosos de FELICIDADE. Eu existo. E estou aqui pra isso. E quero que aqueles que estão aqui, mesmo que não estejam ao meu lado, percebam, creiam, apreciem. Essa é minha pele. E neste mar de poeira

all love

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Nossas pegadas foram tão mal feitas que tivemos que percorrer o mesmo caminho mais de dez vezes. Eu recriei meus sorrisos, como uma forma de amenizar as repetidas vezes em que cruzamos alguns pontos. Porém, tudo saiu do controle. Na última volta. Eu virei e vi todo o emaranhado que fizemos e em nenhum lugar eu conseguia me encontrar. Eu te encarei e disse para mim "não é isso que devo fazer, não é aqui que devo estar" Parecia tão errado, porque parecíamos estar um no outro e doía como agulhas nas pontas dos dedos, como aquele maldito prego que, distraído, entrou no pé na quinta passada. Os vinhos baratos e quebrados ao nosso redor, só para lembrar como rimos nas noites mais escuras, chuvosas ou quentes. Teu suor escorrendo nas costas e colando em mim. Esse não é o caminho que eu quero, não quero percorrê-lo novamente, para descobrir e parar no mesmo lugar. Não é você. É tudo aquilo que não encontro em mim. Tento colorir nossos olhares, prometendo a mim não esqu

você ficaria aqui?

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Sabe esses teus lábios? Eles me convidam; deslizando suas palavras, eles parecem me chamar. Nessa tua pele escondida, meus dedos querem tocar. Eu encaro teus olhos, que ardem. Tento me conter em meu peito. Tudo parece escapar e a sensação de ter sido engolida, nesse terremoto de sons e cheiros, me confundem. Eu queria parar o tempo, para te sorrir e rir durante a noite toda. Sentir tua temperatura em meio aos baques e empurrões. Eu quero te encarar; suavizar essa expressão carregada e te dizer todos os elogios possíveis que minha mente puder pensar. Porém, eu fico aqui, em mim. Comigo. E tudo ficará comigo.

i have been looking for you

A gente se conheceu em uma quarta, se conheceu de verdade, sabe. Foi no sábado que a nossa conexão surgiu. Você me surgiu, na verdade. Naquela madrugada de riso e voz baixa. A gente conversou como velhos amigos, nos apoiamos, nos encontramos. A partir daquele dia parecia ter surgido um ligamento, em que tu parecia querer estar lá do meu lado. E eu deixei. O tanto que a gente precisou um do outro, pra aguentar, se aguentar. Eu deixei fluir. E então, você sumiu. E eu só queria poder estar do seu lado. E ressurgiu, com teu sorriso meio sofrido e puto. Com tuas marcas e rosto bonito. A gente se encaixou nas conversas do dia-a-dia; e eu sei que aquilo te fazia bem. Era perceptível. Era tu. E era daquilo que eu gostava, porque, independente de tudo ao redor, de tudo que te acontecia e me acontecia, era tua voz meio grogue, meio agitada, meio rindo, que me fazia ficar no chão. E a gente chegou em um ponto que - não sei pra você -, mas pra mim, eu sei que, não vou conseguir

Eu não tive intenção

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Todos os dias chovem. As minhas tempestades inundam ainda mais as manhãs. E me afogam a noite. Eu não nasci pra caber dentro da vida de alguém, eu costumo não deixar me segurarem. Eu tenho um constante medo de me impulsionar erradamente na vida das pessoas. Eu me fecho. Eu me recrio para e por mim. A chuva nunca me feriu; foi apenas eu. dentro das camadas que, aos poucos parecem cair e apagar-se, eu me firo. Eu não quero sair daqui! E não quero que ninguém entre também.

ponto

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Os meus muros caem assim que percebo o quão mal te fiz e me faço. As ondas do não agora, do talvez, do que foi, me perseguem, impregnando minha mente. Eu nunca fui o suficiente pra ninguém, nunca serei. Eu sou pedaços, pedaços mal cortados e contados de maneira errada. As lágrimas escondidas no escuro do quarto. Eu não faço sentindo, nunca fiz. Como farei? se eu mereço estar aqui? não sei mesmo. 26 dias eu só quero sumir desaparecer esquecer fugir me esganar parar de me preocupar morrer eu não tenho nada pra deixar aqui. só manias feias. palavras nuas. feridas. eu não consigo segurar nada com meus dedos. EU NÃO CONSIGO ME SEGURAR meus olhos vermelhos minha pele fraca, marcada e fria EU QUERO PARAR DE SENTIR eu quero deixar de existir vácuo. vazio. inércia. caos entropia tua voz. me dizendo coisas que eu não quero escutar minha voz, me dizendo coisas que não consigo suportar. COMO ESCAPAR DISSO AQUI QUE SOU EU? Eu preciso decidir Chorar pr

dentro de nossas lágrimas e pernas

Teu encaixe era perfeito no meu. Nos lençóis, nos abraços e nos risos. A gente se manteve junto até quando não podia,  você me suportou quando fui uma pessoa controladora, tóxica, dramática, insegura. A gente se suportou enquanto machucávamos um ao outro. Nossa história devia ter terminado naquele agosto, mas insistimos em cutucar, rasgar,  nos amar. Eu admiro a pessoa que você é, e admito que você melhorou em muito e melhora cada dia mais; e eu sei, vejo e entendo que mudei, e, talvez, na mesma proporção. Eu não sou mais a mesma; e também não quero voltar a ser aquela menina, meio maluca que dependia de aceitação e que vivia rodeada de inseguranças. Mas quero que você se veja como realmente é, a pessoa que suportava e segurava meu corpo, minhas recaídas e minhas histórias malucas. Quero que enxergue o ser humano maravilhoso que é, e de como você se auto avalia, se recriando e melhorando. Você é um ser que me ilumina, que eu amo; mas nem todo amor pode suportar ou

You look so cool, you look so cool. You look so cool, so cool, so cool, so cool, cool.

Criei coragem, não pra te seguir, mas para seguir meus passos. Dentro de cidades cinzas  e escondidas; em meio a multidões, mas, também, dentro de mim - sozinha. A paixão que me recriava diariamente foi-se, juntamente com os cacos que eu deixei espalhados no caminho que me levava ao passado. Eu vivia para me machucar; para relembrar; para re-sentir. Eu me olhei. Dentro de olhos castanhos, pretos, mel. Me lambuzei de palavras que cabiam dentro dos dedos e dentro dos meus ouvidos. E fechei. Fechei a porta que me atormentava e joguei a chave no mar. No mar dos meus cabelos não domados, bagunçados e sem nexo. Eu olho para a tesoura como um prêmio, pois ao cortar meus fios, eu abro caminho para novos sentidos. O meu sentido. Eu estou, finalmente, em mim.

Ilusória questão

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Ainda falta meia hora para meio dia, mas eu só queria correr daqui. Eu sonhei com teus braços, me aconchegando, me tirando, me revirando, mas o teu riso me enganava, como um ponto de exclamação constante, que circula comigo na respiração. O teu riso era algo ensurdecedor e ao mesmo tempo calmante; eu sonhei que tu iria comigo até o restaurante no fim do universo , que tremeria na base revivendo tudo novamente. Que me colocaria na caixa azul, pequena e grande, que poderia até desmaiar ao ouvir um roncar de motores. Mas é que...eu fico realmente puta com isso. contigo. comigo. (Eu amo meus pontos finais irreais e irregulares. Que te cortam num pulo, engolindo.) Mas fico gritante quando percebo que, são só sonhos. I am not your type. And I never will be. Mesmo que você diga que sim. Pois sei que, eu não seria aquela virada de cabeça para olhar de novo. Não contigo. I know.

Inside - Outside

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Eu olho para os rostos aleatórios das festas e fico me perguntando... “a gente vive para isso? ” É como se faltasse um interruptor em cor verde néon para a resposta - positiva/negativa Eu tento evitar os milhões de julgamentos que pululam na mente, quando viajo nas ruas e entre os corpos dançantes, eu evito outros milhões, mas há uns que ficam, cutucam... eu fico querendo saber o que essa pessoa faz da vida... ela estuda? Trabalha? É mãe ou pai? É um pau no cu? Uma pessoa de caráter ruim? É apaixonado? Sorri pra todo mundo? A carga explosiva de sugestões enigmáticas que me surgem, só faz eu querer absorver todos, de uma forma única e não invasora. Eu quero entender os sorrisos, mesmo quando a música é ruim para meus ouvidos. Ou o modo como a pessoa grita sobre a bebida que está consumindo e cospe fora tudo, esperando que aquilo fosse apenas, e unicamente, uma consequência, de um ato que se fecha... Mas é contínuo Bruto e intenso. A máquina em velocidade máxima, que