Inside - Outside


Eu olho para os rostos aleatórios das festas e fico me perguntando... “a gente vive para isso? ”
É como se faltasse um interruptor em cor verde néon para a resposta - positiva/negativa
Eu tento evitar os milhões de julgamentos que pululam na mente, quando viajo nas ruas e entre os corpos dançantes, eu evito outros milhões, mas há uns que ficam, cutucam... eu fico querendo saber o que essa pessoa faz da vida... ela estuda? Trabalha? É mãe ou pai? É um pau no cu? Uma pessoa de caráter ruim? É apaixonado? Sorri pra todo mundo?
A carga explosiva de sugestões enigmáticas que me surgem, só faz eu querer absorver todos, de uma forma única e não invasora.
Eu quero entender os sorrisos, mesmo quando a música é ruim para meus ouvidos. Ou o modo como a pessoa grita sobre a bebida que está consumindo e cospe fora tudo, esperando que aquilo fosse apenas, e unicamente, uma consequência, de um ato que se fecha...
Mas é contínuo
Bruto
e intenso.

A máquina em velocidade máxima, que te afunda entre outros cabelos. Os perfumes que te fazem enxergar outras cores. E os gostos. Os gostos que te fazem ir a outras galáxias em segundos.
É o que vejo.

Nada que se tenha sentido e concordância.
Nada que valha a pena. Ou.

Eu volto a povoar o meu pensamento. E, de repente, entendo, não quero saber de nada deles. Só quero entender porque que eu tô no meio deles.

O esquema corrompido dos passos me trouxe e me trai dentro dessa maré.



Comentários

  1. Elania, que saudade daqui também! Voltamos a blogar? Hahaha.

    Menina, que texto interessante! Nunca tinha enxergado ou pensado na vida dessa tua perspectiva! Gostei!

    Bjs!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

NÃO FAÇAM PROPAGANDAS AQUI !
Desde já, agradeço sua iniciativa para comentar.