dentro de nossas lágrimas e pernas

Teu encaixe era perfeito no meu.
Nos lençóis, nos abraços e nos risos.
A gente se manteve junto até quando não podia, 
você me suportou quando fui uma pessoa controladora, tóxica, dramática, insegura.
A gente se suportou enquanto machucávamos um ao outro.
Nossa história devia ter terminado naquele agosto, mas insistimos em cutucar, rasgar, 
nos amar.
Eu admiro a pessoa que você é, e admito que você melhorou em muito e melhora cada dia mais;
e eu sei, vejo e entendo que mudei, e, talvez, na mesma proporção.
Eu não sou mais a mesma; e também não quero voltar a ser aquela menina, meio maluca que dependia de aceitação e que vivia rodeada de inseguranças.
Mas quero que você se veja como realmente é, a pessoa que suportava e segurava meu corpo, minhas recaídas e minhas histórias malucas.
Quero que enxergue o ser humano maravilhoso que é, e de como você se auto avalia, se recriando e melhorando.
Você é um ser que me ilumina, que eu amo;
mas nem todo amor pode suportar ou tentar continuar, se cutucando.
Sem palavras e com risos.

Eu te machuco.
todo dia.
e mesmo que negue, eu sinto, e finjo.
Não quero mais ser egoísta, e muito menos negar-me a algo por medo de machucar alguém.

Essa é uma carta, que, eu sei, tu não deves vir ao encontro dela.
Mas eu devo dizer que, eu te amo.
Independente de como você me veja, do quanto me julgue e do quanto se auto condene.
Não existe fim, apenas novos começos.

Comentários